SOB CUSTÓDIA - Impressões Contemporâneas

15/08/2013 17:32

 

Os protestos pelo Brasil ainda continuam. Em menor quantidade é verdade, mas os que ainda restam, contam com manifestantes empenhados e exaltados para se alcançar o objetivo, qualquer que ele seja.

O gigante acordou, como diz o clichê, mas acordou de maneira singular em comparação com sua história – nem tão distante – de revoltas.  As “diretas já” e os “caras pintadas”, exemplos mais recentes, contaram com uma liderança ideológica. Um partido, uma ideia, uma pessoa. Ou várias.

Agora, os protestos que sacudiram e sacodem o Brasil ainda não contam com um líder, com uma inspiração, com uma meta sólida. Muitas são as reivindicações, muitos são os manifestantes, e a nobreza da causa dispensa comentários. Entretanto, é difícil imaginar um prognóstico positivo para os resultados da revolta brasileira.

Sem uma liderança partidária, fica difícil imaginar que o movimento tenha verdadeiro acesso ao poder público federal. Os políticos que estão no poder temem, mas não o quanto deveriam temer. O exemplo disso é o uso incorreto dos transportes da FAB, em um momento de plena efervescência dos protestos. Estamos reclamando, estamos pedindo e eles não estão nem aí. Tomam uma ou duas medidas, aprovam duas ou três leis e acham que vai ficar tudo por isso mesmo. E se não  existir o alinhamento entre o pensamento das ruas e a disputa das urnas, realmente, tudo ficará como sempre esteve.

A crise de representatividade do povo brasileiro precisa ser solucionada. Não confiamos nos políticos, mas teremos que arriscar. Se não for a aposta certa, que se reiniciem os protestos e que uma nova liderança seja formada.

O Brasil parece estar caminhando para um futuro glorioso. O povo mostrou que a alienação que os meios de comunicação de massa tentam implantar em nossas mentes está sendo ineficaz. Faltam alguns ajustes, algumas arestas a serem aparadas. Mas o dia em que o nosso país mudará para sempre, está chegando.

Que esse seja o dia das próximas eleições.